terça-feira, 13 de setembro de 2011

Brisa do Sul

Quando menos esperamos, surge sorrateira,

Sua mente já não é mais sua, descontrolada

E te persegue como uma alma penada

Te revirando em teu sono a noite inteira.


Você já está sozinho a imaginar

Aquele sorriso ou os olhos sempre em fuga

Quando a ficha cai, você se assusta

Você já começou a se apaixonar.


E aquilo cresce e vai te consumindo

Num desejo que não se pode controlar

Na vontade de te ver, de te tocar

Na sede do teu beijo me afogar.


Mesmo improvável o impossível acontecido,

É tudo que quero e que posso esperar,

Pois sua fala em encanto revestido

É o feitiço que vai me libertar.


Brisa leve que do Sul vem se chegando

Você trouxe a tempestade em alto mar

Dominou a minha alma e meu corpo

Sou eu agora quem deverá te conquistar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pesadelo da Realidade

Você se olha no espelho
E já não sabe o que vê
Já não distingue um desejo
Do que você quer pra você

Nós já não existimos separados
Não há escolha a se fazer!
Onde tudo é conectado
Não interessa o seu querer!

Nesse ônibus lotado
Ninguém vai te perceber!
Você vai ser bem mais notado
Quando te derem um RT

Nesse mundo admirável
Que você pode se esconder,
Com um desfarce programável
Com a roupagem que escolher

Nós não somos mais de carne e osso!
Somos texto, imagem, som!
A nossa vida é só desgosto!
Fora dela até que é bom!

Ow, ow, ow, ow, ooooooow!
Já... pas-... sou!
Ow, ow, ow, ow, oooooow!
A-... ca-...bou!

Nosso país, nosso Estado,
ainda é como sempre foi!
Dominado por engravatados
Preocupados com o valor do boi!

A estrutura é viciada,
O que era voto agora é terror!
Num pesadelo que nunca se acaba,
Dentro do jingle mais perturbador!

Ow, ow, ow, ow, ooooooow!
Já... pas... sou!
Ow, ow, ow, ow, oooooow!
A... ca...bou!